quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Meios poéticos de adeus


A palavra doce, a palavra sangue
Colorindo amores, sonhos e porquês
O amor em verso, prosa e tudo mais
A poesia presente, a poesia poente
A delatar entre ossos frágeis frios
O Dom do querer e que mal querer
A paz que prometi não encontrei
Encontrei enfim sorrisos incertos
Intenções de mal amar desses dias
Fúteis, promíscuos e fáceis
Almejo distância e nada mais
Mas o ouvido surdo, cego e algoz
Filtrando grunhidos de amor inexistente
Traduzindo promessas não prometidas
Cantando canções não escritas
E pintando telas espectros
Me faz economizar  lágrimas
Venho tristemente contar-lhe
Que existem meios poéticos de adeus.




2 comentários:

  1. Interessante como você consegue fazer um conteúdo um pouco antagônico e triste ser tão bonito e em forma poética. Eu sei que sou suspeito em falar porque, com as duas poesias que eu fiz no meu blog, percebe-se que isso não é minha praia. Mas acho que a beleza das suas palavras são muito claras, podendo ser percebidas por qualquer um.

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  2. Oxe... Eu fiz um comentário ontem sobre esse texto e ele sumiu. Ou será que ele não pegou? Não faz mal. Com versos de tanta qualidade eu comento novamente com muito prazer. Achei muito legal como você conseguiu deixar a poesia tão bonita, mesmo ela sendo um pouco triste e de possuir significados antagônico em alguns versos. Você parece escrever com muita dedicação. Achei que você não estivesse mais escrevendo aqui. Bom saber que ainda posso apreciar seus bons trabalhos.

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