A palavra doce, a palavra sangue
Colorindo amores, sonhos e porquês
O amor em verso, prosa e tudo mais
A poesia presente, a poesia poente
A delatar entre ossos frágeis frios
O Dom do querer e que mal querer
A paz que prometi não encontrei
Encontrei enfim sorrisos incertos
Intenções de mal amar desses dias
Fúteis, promíscuos e fáceis
Almejo distância e nada mais
Mas o ouvido surdo, cego e algoz
Filtrando grunhidos de amor inexistente
Traduzindo promessas não prometidas
Cantando canções não escritas
E pintando telas espectros
Me faz economizar lágrimas
Venho tristemente contar-lhe
Que existem meios poéticos de adeus.