terça-feira, 4 de outubro de 2011

De repente...

De repente branco, de repente manso
Esse pensamento que embora bruto
Pensa sempre a fundo no amor e tudo mais
De repente cinza, branco silêncio
A voz doce no toca fitas empalideceu as palavras
No pensamento que outrora
Em balburdia contínua me dizia: escreva
De repente rosa e botões pequeninos
Lembrando-me as palavras que eu não esqueci
De repente poesia, torrente, dedos em tropeço
Aprisionando palavras que tentavam fugir
De repente noite que parecia dia

De repente Eu
Eu-poesia
De repente nós
De repente a sós
De repente amor

Aprisionei-as entre linhas para pedir o que não peço
E nas entrelinhas dos versos, escondi alguém
Alguém que não era eu, mas que de repente meu
Deu-me algo sobre o que escrever
Escrevi com o pensamento branco
Branco como o pensar do esquecimento
Pensar que nesse momento, era pensar de amor
E escrevendo percebi que se te fogem as palavras
As mesmas que te deixam te trazem o que amar
Te fiz nas palavras, ser sem mundo e sem amor
E para que não fujas te dei o dom do não saber
Bom foi perceber que podendo mesmo partir
Preferistes ficar

De repente meu
De repente Eu
De repente nós
Nós-poesia...

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