sábado, 15 de outubro de 2011

Da janela

Aberta, semi-aberta, convidativa
Vi da enorme janela a parca vida
Que não dorme na noite da cidade
Abracei-me aos meus medos de escuro
Segurei-me na insônia e contemplei
O céu expulsando sua escuridão lentamente


Os ratos e as putas num eterno trânsito solitário
Entre a solidão e o silêncio
Da noite que absorve tudo
Mas não adormece o meu olhar


Da enorme janela solitária
Que me acolheu como cama apiedada
Eu vi a noite e as minhas lembranças
O frio castigando o meu corpo
E meu olhar perdido, absorto
Embriagado nos vazios da cidade...

Um comentário:

  1. Da enorme janela solitária
    Que me acolheu como cama apiedada
    Eu vi a noite e as minhas lembranças...

    ResponderExcluir