quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O último poema de um homem solitário

Trancou-se num quarto vazio, passou uma semana inteira somente com a sua própria companhia. Sem álcool, sem drogas, sem comida, sem música, sem paz, sem sexo, sem papel, sem caneta e sem dormir. Sentia-se quase morto, precisava escrever seu ultimo poema, cortou os pulsos, escreveu na parede com o seu sangue, escreveu a coisa mais linda e doce que poderia ter escrito em toda sua vida, e antes que o pulsar em suas veias cessasse, assinou o poema e deitou-se a contemplá-lo, até morrer.
Me perguntaram, morreu de que? Essas pessoas da ciência não sabem de nada. Disseram muita coisa, que morreu de abstinência, de fome, de loucura, de cansaço, de sede ou por cortar os pulsos. Eu disse com toda certeza que a presença daquele homem em minha vida me dera: Oxi seu moço, deixa de dizer bobagem. Ele morreu de tédio, se eu estivesse aqui com ele, teríamos morrido de amor.

Um comentário:

  1. Realmente muito bom!! Não costumo comentar em blogs, mas me senti na obrigação. :P

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