Sabe Bruno, hoje pensei em dizer para ele, e ai vamos transar? Agora?
Alguém que eu mal conheço, alguém que eu não conheço, mas pensei em todo problema que isso me causaria. Se a resposta fosse sim, correria o risco de ter uma transa mais ou menos, com um carinha mais ou menos que eu veria mais ou menos por ai, quando na verdade não quereria vê-lo.
Se a resposta fosse não, eu teria gastado meu latim com um carinha mais ou menos, que vive mais ou menos e ainda consegue mais ou menos me atingir.
Andei pensando, acho que sou louca, me castigo por tantas coisas que não lembro nem de verificar se a ausência dignifica os fatos.
- To fuck or not to fuck minha linda, eis a questão.
A questão não era sexo, desde o começo não era, mas passou a ser bem quando não deveria ser mais nada além de lembrança vazia de um ato inconseqüente, aliás, como tudo que faço.
- Sabe, não sei bem como é isso, mas as pessoas levam tudo muito a sério, uma declaração dessas poderia ter repercussões enormes.
Sim Bruno, as pessoas levam tudo muito a sério e eu não gosto dessa exacerbação de seriedade. É madrugada e não consigo dormir, mas eu não estou chateada por conta da insônia hoje. Contento-me em ler poesias e escreves poesias e ter insônia junto com as minhas poesias. Hoje eu até me daria à libertinagem de um cigarro.
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