E talvez você não entenda
Mas eu não encontro outra forma de dizer
Só sei que isso não se explica
E por vezes nem eu consigo entender
Manifesta-se de tal forma
Que me eleva a outra dimensão
Não é ansia, nem amor, nem desejo
Nem euforia, nem displincência, nem paixão
Eu defino como amizade
Mas acho que não tenho razão
Uma bolinha de chocolate não tem muito sentido
Mas palavras soltas ao pé do ouvido
Dão um outro rumo ao que vejo na tela
Esqueço tudo que me cerca e me cerco desse brilho
Seu cabelo acariciando meu rosto
Me parece um afago louco
De quem não sabe sequer o que dizer
E o tempo que parece parado
Me engana como se fosse fácil
Fácil mesmo;é não me entender
Porque as vezes
Num silêncio profundo
Eu mergulho fundo,tão fundo
Que acho que não terá mais volta
Daí a pouco nossa mão se solta
E...putz! ainda estamos aqui
E se minha mão percorre teu peito
Com o ouvido não escuto direito
Só com a mão consigo ouvir
Esse bater acelerado...
E tudo parece-me errado
E tudo parece-me normal!
O que sei de fato
É que, medindo meus passos
Não chego a lugar algum
E o negro que surge agora
Nos avisa que, embora
A noite ainda esteja incompleta
A nossa rotina se encerra
Com o abraço final
Tudo volta ao normal
E sempre que você me esquece
Meu lado criança enlouquece
Porque tendo sempre o que preciso
Começo a pensar que preciso do que não tenho
Pois sendo mais difícil o caminho
Mais incerta é a chegada
E agindo como se não soubessemos de nada
Somos como crianças que não sabem perder
E sem saber o que irá acontecer
Esperamos que aconteça logo
E, se lhe digo que choro
Me perdoe se sem querer
Alguma vez nessa vida
Eu cobrei de você
Algo que não vi em seus olhos!
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