Sempre achei essa tal de crônica
muito desnecessária, talvez, por incompreendê-la. Regra aqui, regra ali:
“crônica é um texto assim, meio assado, meio desassado”. Sempre a achei tão desnecessária e
substituível, mas como professora de língua que sou, fui pega pela necessidade
de explicá-la e conceituá-la. O fiz. Seguindo o convencional conceito e
descrição. Li, reli, exemplifiquei, expliquei, explanei, findei. A gente vive
tanto tempo estudando e lendo um monte de teoria, mas às vezes é preciso a
perspicácia de uma criança para nos fazer re-significar as coisas.
-Professora, a crônica é assim
como um pensamento do autor né? Um texto que ele faz assim pra ele mesmo,
falando das suas coisas, pensando alto não é?
E de uma hora pra outra você
percebe que a tão famigerada crônica que você rejeitava, é um tipo corrente nos
teus escritos.
-Todo mundo entendeu?
-Sim professora.
A vida é mesmo um constante mudar
de sentidos.
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