terça-feira, 8 de outubro de 2013

Metacrônica

Sempre achei essa tal de crônica muito desnecessária, talvez, por incompreendê-la. Regra aqui, regra ali: “crônica é um texto assim, meio assado, meio desassado”.  Sempre a achei tão desnecessária e substituível, mas como professora de língua que sou, fui pega pela necessidade de explicá-la e conceituá-la. O fiz. Seguindo o convencional conceito e descrição. Li, reli, exemplifiquei, expliquei, explanei, findei. A gente vive tanto tempo estudando e lendo um monte de teoria, mas às vezes é preciso a perspicácia de uma criança para nos fazer re-significar as coisas.
-Professora, a crônica é assim como um pensamento do autor né? Um texto que ele faz assim pra ele mesmo, falando das suas coisas, pensando alto não é?
E de uma hora pra outra você percebe que a tão famigerada crônica que você rejeitava, é um tipo corrente nos teus escritos.
-Todo mundo entendeu?
-Sim professora.

A vida é mesmo um constante mudar de sentidos.

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